Resumo | A geração de energia através da queima de combustíveis, acelerada pela forte urbanização do último século promoveu a alteração significativa da composição química da atmosfera global e, em particular dos centros urbanos. Para compreender os processos de emissão, transformação e contaminação da atmosfera por poluentes, é importante obter amostras ao longo do tempo e em diferentes situações climáticas em regiões sob influência de atividades antropogênicas. O material particulado inalável (MPI), devido à sua composição química complexa e às suas propriedades físicas, pode causar sérios danos ao sistema respiratório e à vegetação. Este estudo teve como objetivo comparar o material particulado inalável (MPI) e suas frações fina (MP≤ 2,5) e grossa (MP2,5-10) em três regiões com atmosferas distintas: São José dos Campos (região urbana de médio porte), Cachoeira Paulista (área rural) e São Paulo (zona urbana densamente povoada). Para tal, com um coletor do tipo dicotômico, foi coletado material particulado com frequência semanal nos três locais entre (03/2013-11/2014). Comparando os resultados obtidos nos três pontos de estudo, observou-se um gradiente de concentração maior para menor entre o local com intensa urbanização (São Paulo) e a zona rural (Cachoeira Paulista) conforme mostrado na Tabela 1. Tabela 1: Média aritmética das concentrações do particulado em MP≤ 2,5 e MP2,5-10 em ng.m-3, correspondente ao período total. Na+ K+ Mg+2 Ca+2 NH4 + Cl- NO3 - SO4-2 SP FF 109,395 113,882 0,001 373,256 597,758 204,569 1056,05 1432,264 SP FG 232,407 288,743 80,862 508,181 211,422 448,831 1168,774 712,075 SJC FF 167,412 140,732 42,595 369,928 304,393 169,682 532,499 617,053 SJC FG 248,034 628,917 66,167 477,69 186,875 300,363 728,375 341,912 CP FF 67,41 88,606 17,342 176,104 262,305 91,184 513,744 660,157 CP FG 114,815 1231,128 35,233 245,467 122,663 179,357 475,864 226,749. |